segunda-feira, 17 de maio de 2010

Óleos essenciais para amar

Imagem: Muris Kuloglija Kula/Stock Photos

Os aromas evocam muitas sensações. Agradáveis ou nem tanto, estimulam, revigoram, afastam, intrigam, acalmam... é praticamente impossível ficar indiferente a eles. Tanto por suas propriedades curativas quanto pelo seu alto poder de serem associados a alguma lembrança passada. Quem nunca suspirou ao lembrar daquele namoradinho ou daquela paquerinha de adolescência ao ser exposto ao seu perfume daquela época passada?

Dentro de nosso cérebro, mais especificamente dentro do Sistema Olfativo há o Sistema Límbico, que antigamente era chamado de Cérebro das Emoções. É nosso cérebro mais primitivo, que comanda nossas ações mais instintivas desde nossos primórdios. O Sistema Límbico é como se fosse nosso computador, gravando nossas sensações de acordo com nossos cinco sentidos. No sentido do olfato, nosso cérebro é capaz de reconhecer cerca de 10 mil aromas diferentes, o que torna a associação a fatos muito mais rica. Por isto, quando inalamos determinado aroma, podemos até fechar nossos olhos e nos transportar imediatamente para o local e a época do acontecimento, percebendo todas as suas cores e texturas, seus sabores e sons. Máquina do tempo para que, não é mesmo? E com tudo isto, vem as emoções, as sensações que sentimos naquele momento. Podemos até chorar, de alegria ou tristeza.

Como o ser humano é gregário, ele tem absoluta necessidade de conviver com outros seres da mesma espécie. Desta forma, desde os primórdios, o homem sente o cheiro de sua fêmea ou de sua pretendida à distância e se sente atraído ou repelido por ela. Tudo isto com o intuito primeiro de perpetuar a espécie! Na evolução das espécies, isto se tornou um ritual mais sofisticado, onde as mulheres seduzem os seus machos com os mais diversos aromas, hoje nem sempre naturais e das mais diversas qualidades. Os perfumes mais sofisticados levam em sua formulação maior quantidade de óleos essenciais naturais. Ainda que o homem seja “menos animal”, ele ainda consegue, instintivamente, identificar e dar preferência ao que é natural. Aromas artificiais invariavelmente provocam alergias respiratórias não sem motivo!

Na Aromaterapia, há três tipos de aromas que ajudam na hora de conquistar e amar. Os aromas florais são bem femininos, como as flores, coloridas e cheirosas, atraindo as abelhas para a polinização. Então, são aromas delicados e convidativos para o amor mais duradouro, mais cúmplice. Rosa, jasmim, ylang-ylang e flor de laranjeira são assim, envolventes, inebriantes e aconhegantes, enaltecendo a mulher como uma rainha, uma verdadeira deusa. Já os óleos essenciais de especiarias do Oriente são quentes e estimulantes, chamando os amantes para noites mais “calientes”, ideal para quem quer apimentar a relação ou apenas ter noites inesquecíveis de amor. Cravo, canela, cardamomo, gengibre e alecrim aquecem e dão um ânimo extra e são ótimos para estas ocasiões. E há os aromas amadeirados e mais encorpados, como patchouli e sândalo, que trazem força e masculinidade, segurança e vigor, ideais em situações de dúvida e apreensão, onde o amor está meio abalado e carente de um pulso mais firme, que conduza e traga certeza tanto para a mulher quanto para o homem!

A forma de uso dos óleos essenciais no amor pode ser bem variada, desde a aromatização do ambiente, através de difusores elétricos ou os charmosos rechôs à vela, até o uso mais apelativo, em massagens - diluídos em óleos vegetais ou cremes corporais. Nestes momentos a dois, a criatividade é outro ingrediente fundamental que fará toda a diferença para se explorar e aprofundar o relacionamento usando o olfato de forma natural como sempre fizemos, mas de forma mais consciente e dirigida, que é o que nos diferencia de nossos antepassados. Mas tudo em nome da perpetuação da espécie e do prazer, por que não, não é mesmo?

Óleo para massagem sensual ou pós-banho

30 ml de óleo de Amêndoas Doces
5 gotas de óleo essencial de Ylang Ylang
8 gotas de óleo essencial de Tangerina
Opcional: 2 gotas de Óleo Essencial de Cardamomo

Misturar todos os ingredientes, podendo-se usar numa massagem a dois ou no pós-banho, com o corpo ainda molhado espalhando com as mãos no corpo uma pequena quantidade, deixando o corpo secar naturalmente ou no banho de ofurô, despejando metade desta mistura na água quente, no banho a dois. Não é aconselhável a exposição ao sol após seu uso por um período de doze horas porque o óleo de tangerina pode reagir na pele.

Beatriz Yoshimura, 22/3/2010, coluna escrita para a Nextel

Um comentário:

Sílvia disse...

Olá Bia!
Adorei seu artigo e essa receita de óleo está MARAVILHOSA!!!
Obrigada pela recomendação do blog ;)
beijos