sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aromaterapia e as emoções - ansiedade


Eva Schuster/Stock Photos

A aromaterapia é holística, isto é, ela trata tanto corpo, quanto mente e emoções. É agradável e é útil nos cuidados da saúde além de elevar nosso estado de ânimo. Já escrevi anteriormente sobre a busca por paz de espírito e podemos destrinchar os diversos estados emocionais que afetam o tão almejado equilíbrio interior. Alguns ganham destaque como, por exemplo, a ansiedade que é uma das mais prejudiciais, não só para si, mas para as pessoas em volta. Será ela a primeira da série Aromaterapia e as Emoções.

Se estamos com raiva de alguém, geralmente quem sofre mais somos nós mesmos. Ouvi um dia que “a raiva é um veneno que tomamos esperando que o outro morra”. Pura verdade. O outro às vezes nem toma conhecimento este

sentimento tão autodestrutivo. Se estamos de mau humor, sim, contaminamos o ambiente em volta, mas apenas energeticamente e muita gente consegue não se deixar abalar. Se estamos com medo, tensão nervosa, angustiados ou confusos conseguimos identificar com certa facilidade e tentar melhorar. Falaremos deles futuramente! Mas o estado ansioso é realmente difícil controlar, muitas vezes a pessoa ansiosa não consegue se identificar como tal! E acaba não sendo aceita numa entrevista para emprego ou rejeitada por um paquera sem saber por quê.

A ansiedade é um estado de apreensão necessário a nossa sobrevivência. Altera nosso ritmo cardíaco e respiratório, aumentando a oxigenação cerebral, liberando adrenalina para lidarmos com a situação que originou a ansiedade. Quando exagerada, a ansiedade nos faz perder a visão da situação. Ficamos “cegos” pra realidade e aumentamos nossa visão imaginária, completamos as frases de outras pessoas, falamos em excesso. Aliás, a palavra "excesso" combina muito bem com ansiedade. Tudo fica “muito”. Um probleminha vira um problemão. A solução passa despercebida porque a intuição se reduz, já que a ansiedade tem a ver com diminuição da confiança. A boca vira uma metralhadora de palavras e uma draga na alimentação, o que tem a ver com as compulsões. Compulsão por comida, por bebida, por cigarro, por compras, por falar, por sexo, etc...

Este estado emocional atrapalha também o rendimento, já que o cérebro passa a se ocupar com coisas inexistentes, com fantasmas. Quando ainda mais exacerbada, pode chegar inclusive afetar a vida social além da própria saúde, judiando do coração e de outros órgãos afetados pelas compulsões: colesterol alto por excesso de comida, diabetes, cirroses, doenças sexuais, doenças de pele, entre tantas outras. E a mente vai sendo minada, até se chegar na TAG (transtorno de ansiedade generalizada), afetando diversas áreas da vida da pessoa, sem razões específicas que dêem origem a ansiedade. É preciso muita calma nesta hora. Ou muito antes de se chegar nesta situação. Porque fica difícil controlar a inquietação, a sensação de cansaço, a falta de concentração, a irritabilidade, o sono perturbado, a tensão muscular. Tudo vai minando corpo e mente.

Óleos essenciais! Como eles podem nos ajudar nestas horas? Se fossem medicamentos alopáticos procuraríamos antidepressivos e ansiolíticos. Poxa, mas que coisa! Temos óleos essenciais com estas propriedades! E sem efeitos adversos? Não é bom demais? Demais não. É maravilhoso, porque demais é demais! O óleo essencial de junípero ajuda a combater o medo de falhar e para timidez. Já o cedro é bom para o medo de colapso nervoso, de desmantelamento, ou seja, dá força e coragem! O óleo de cipreste ajuda a combater o pavor de origem desconhecida. Óleo de gerânio ajuda a equilibrar as emoções, principalmente daqueles muito estressados e tensos, já quase “saindo do chão”, melhor ainda se misturado ao vetiver, que ainda por cima, ajuda a nutrir, dando apoio e segurança.

Da mesma forma agem o óleo de rosa e palmarosa, refrescando, acalmando e dando “colo”, especialmente a rosa para quem já nem mais consegue ficar sozinho, beirando o pânico, o medo de perder o controle. Jasmim e lang-ylang

podem ser usados quando houver sinal de depressão. Sinal, sim, não quando ela já tiver tomado conta. Ajudam a acalmar a mente intranqüila, inquieta, sedando-a, baixando os batimentos cardíacos (em especial o ylang-ylang). Sem falar na lavanda, acalmando o coração e confortando a mente para aqueles que se sentem oprimidos e sufocados por pessoas e situações.

Misturando com o néroli - a flor de laranjeira, age maravilhosamente em casos de compulsões. Encontrar o óleo essencial ideal é fácil. Basta inalar alguns e rapidamente perceber a mente se acalmando, o coração e a respiração diminuindo seu ritmo e a visão tornar-se mais clara, a fala mais mansa, as pessoas ali na sua frente, bem como as soluções para seus problemas. Elas estavam ali, o tempo todo. Mas a ansiedade nos impedia de enxergar! Um novo dia, claro e radiante acaba de nascer! Mas é necessário disciplina e auto observação para perceber quando a danada começa a querer voltar. Seu coração disparou e você nem está apaixonado(a)? Sua respiração está acelerada? Inale um dos óleos escolhidos, feche os olhos, inspire e expire algumas vezes. E afaste a cegueira e dê valor a sua tranquilidade! Aos poucos tudo de bom e as pessoas voltarão e terão o prazer de sua companhia, de você pleno e feliz. Sem ansiedade!

Receita da semana:

150 gotas de óleo essencial de lavanda

50 gotas de óleo essencial de ylang-ylang

10 gotas de óleo essencial rosa

Misture tudo num frasco gotejador e pingue duas gotas 3 vezes ao dia no aromatizador pessoal.

Beatriz Yoshimura, 14/09/2010, coluna escrita para a Nextel.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Aromaterapia para os pequenos - 2

Kent Murray/Stock Photos

Costumo dizer que ser mulher não é fácil. Mas, se pararmos para pensar, ser criança também não é! Ao nascer neste mundão tão competitivo, já recebemos a incumbência de sermos bem sucedidos. Sem se dar conta disto, os pequenos são jogados em uma espiral de atividades sem fim, sem que na maioria das vezes se verifiquem suas vontades ou aptidões. Some-se o turbilhão de informações a que são submetidos, muitas das vezes até subliminarmente via televisão, internet, cinema, vídeogames e toda sorte de mídia existente. O que temos hoje são crianças estressadas, tensas, ansiosas, deprimidas, hiperativas, amedrontadas, egoístas, individualistas. Definitivamente, ser criança na minha época era muito mais simples!

Observar o comportamento das crianças e inclusive suas reações físicas ajuda-nos a detectar problemas escondidos. Falta de apetite pode indicar apreensão ou preocupação, podendo causar anemia e fraqueza. Os óleos essenciais cítricos ajudam a acalmar e equilibrar o apetite. Caso o problema seja insegurança, óleo de manjericão ajuda a fortalecer o coração e clarear a mente, dissipando o medo e a apreensão. Pode-se misturar com a bergamota, que além de acalmar o nervoso, ajuda a regular o apetite.

Outro estado muito comum entre a criançada é a divagação. Crianças avoadas e sonhadoras, que não conseguem se concentrar, podem desenvolver apatia. Acalmar e tonificar com cipreste, sálvia esclaréia e vetiver pode ser uma boa pedida para trazer a criança para a realidade e fincar os seus pés no chão, ao mesmo tempo em que organiza o pensamento! E sempre misturados ao óleo de limão, que é o rei da concentração!

Com tanta concorrência, é comum algumas crianças sentirem-se completamente intimidadas e tornarem-se acanhadas, com dificuldades de autoexpressão. Mais uma vez, vale fortalecer a autoconfiança com o manjericão e o coração com o funcho-doce, que ajuda bastante nesta capacidade de se expressar. Um grande aliado é o grapefruit (sempre um cítrico para misturar!), que estimula a verbalização.

Geralmente pessoas tímidas são muito sensíveis e, consequentemente, criativas. Para aguçar ainda mais esta qualidade, citronela e cardamomo são dois óleos essenciais bem recomendados! Ah, sem esquecer do gengibre, que é sempre fortalecedor da confiança e da moral!

Crianças têm que ser alegres e espontâneas. É o normal. Algumas vezes são tímidas, retraídas, o que podemos resolver com os óleos logo acima. Muitas vezes são muito agitadas, beirando até a hiperatividade. Outras vezes, percebe-se alteração no comportamento de uma criança, que deve ser observado e medido - como num caso de depressão, por exemplo, que pode ser causada por um sentimento de inadequação ou incapacidade de lidar com certas situações ou mesmo por doença. Estar a par do relacionamento com outras crianças é fundamental para detectar uma situação de desânimo ou desalento. Caso aconteça, nada melhor que uma terapia, mas antes que se chegue num estado de depressão, podemos amenizar a angústia. Bergamota é disparado o óleo essencial mais indicado, por suas propriedades antidepressivas e estimulantes da mente.

Mas também podemos lançar mão dos seguintes óleos: laranja, com sua ação calmante e harmonizante; hortelã-pimenta, que clareia a mente, estimula e movimenta a digestão e o apetite; sem falar da rosa, que deve ser usada em casos extremos de depressão e falta de autoestima. Crianças reagem rapidamente, mas quanto mais cedo se detectar algum problema neste sentido, tanto mais rápido elas estarão pulando e cantando ao nosso redor, como deve ser!

Não devemos deixar de lado o estresse. Imaginem, crianças estressadas!

Um verdadeiro absurdo, mas completamente comum nos dias de hoje! Não ter o que fazer parece ser um pecado capital para a criança moderna. Antigamente era comum ficar tardes sem fazer nada, com tempo para brincar, criar, dormir, encher o saco do irmão mais velho... Hoje, todo tempo é cronometrado. Hora de ler um livro, hora de comer uma fruta, hora do inglês, hora pra tudo! Muitos desenvolvem até doenças para chamar a atenção de seus pais, um grito por socorro. Outros tornam-se agressivos e com humor variável. Outros comem e engordam. Enfim, cada um somatiza de um jeito. A primeira coisa a se fazer é avaliar a real necessidade de todas as atividades e estabelecer prioridades. Outra providência é usar óleos essenciais para sedar e acalmar os nervos da criançada, para que tranquilamente deem conta do recado - tais como lavanda, capim limão, litsea cubeba, laranja, camomila, além dos óleos antidepressivos citados.

Crianças não são pequenos adultos. Devem ser ouvidas e respeitadas em seus interesses e temores. Valorizadas em suas qualidades e amparadas em suas deficiências. Usar óleos essenciais para si e de forma personalizada para os pequenos é uma forma de dar-lhes a devida atenção e prepara-los para um mundo que dependerá deles daqui a muito pouco tempo.

Beatriz Yoshimura, 01/09/2010, coluna escrita para a Nextel

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Você Bonita - Gazeta 27.10.2010.wmv

Programa Você Bonita, Com Beatriz Yoshimura, falando de Aromaterapia e Obesidade!